O Dia Mundial do Câncer completa duas décadas nesta quinta-feira (4). A data foi instituída para informar sobre a prevenção e o controle da doença que atualmente mata 7,6 milhões de pessoas por ano no mundo, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
A psicóloga da Unimed Oncologia, Juliana Xavier Machado, destaca que apesar da doença, muitos pacientes mantiveram o bem-estar e a qualidade de vida, continuando com uma rotina ativa durante o tratamento.
“Culturalmente, sabemos que há uma associação muito forte do câncer com a morte. Mas, na prática, vemos também um outro lado da história, de pessoas que têm conseguido desconstruir essa associação somente negativa”, afirma.
A autônoma Luciana Zanette Perim, 48 anos, é uma delas. Mesmo com a doença, ela continuou praticando atividade física durante todo o tratamento contra o câncer de mama, encerrado em abril de 2018. A moradora de Cachoeiro de Itapemirim participou de diversas corridas com apoio da equipe da Oncologia Unimed Sul.
“Eu corria para participar, para mostrar que independentemente da situação, a atividade física é crucial para qualquer tipo de tratamento”, afirmou. Atualmente, ela continua sendo acompanhada e planeja fazer, em breve, um procedimento de reconstrução mamária.
Superação
O caminhoneiro aposentado Odomario Laudelino Belmock, 64 anos, morador de Itapemirim, é mais um caso de superação. Ele tratou um câncer intestinal e recebeu alta no dia 20 de janeiro.
“Antes do tratamento, eu estava trabalhando em uma linha de ônibus de excursão e de faculdades. Como acabaram as aulas, ainda voltei ao trabalho, mas, se tivesse que fazer alguma atividade durante o tratamento, faria”, disse.
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👉 Entrar no GrupoA vendedora Cleidiane Melo da Silva, de 36 anos, descobriu um linfoma de hodgkin quando percebeu uma íngua no pescoço. Moradora de Castelo, durante a quimioterapia, ela trabalhava, fazia faculdade e cuidava da filha, que, na época, tinha um ano e meio.
“Eu não deixei em momento algum que a quimioterapia interferisse na minha vida profissional, educacional e de mãe”, disse.
Cleidiane finalizou o tratamento contra o câncer em maio de 2018 e, atualmente, está em acompanhamento.
“O câncer é um susto muito grande, a gente fica muito sem chão, mas posso falar que tive um acompanhamento maravilhoso. Para mim, o dia de fazer quimio não era um dia triste, era mais uma etapa”, completou.
Câncer de mama
Natural de Castelo e moradora de Cachoeiro de Itapemirim, a técnica em mineração Samara Ribeiro Sena, de 33 anos, encerrou o tratamento contra o câncer de mama no mês de janeiro.
Samara já havia passado por uma experiência com a doença, porque a mãe dela, há seis anos, faleceu com câncer de mama. Com relação ao tratamento, o que mais a incomodou foram os efeitos colaterais, principalmente o enjoo.
“Tive perda de cabelo, mas, sinceramente isso foi uma das partes mais tranquilas, porque cabelo cresce de novo, e não me afetou em relação à autoestima”, disse. Devido à experiência, Samara afirma que irá priorizar a alimentação e a atividade física daqui para a frente. “Eu fazia exames preventivos todos os anos, mas, descuidava da saúde física e da alimentação”, contou.