Segundo a Secretaria de Estado’ da Segurança Pública (Sesp), 14 pessoas foram detidas após os ataques e queima de ônibus ocorridos na Grande Vitória nesta terça-feira.
O governador Renato Casagrande já havia anunciado quatro prisões realizadas na manhã desta quarta-feira (12) em seu perfil nas redes sociais, destacando que foram fruto da parceria do serviço de inteligência com as Polícias Civil e Militar com a Polícia Rodoviária Federal.
O governador afirmou ainda em sua postagem que as prisões foram uma resposta rápida de quem realmente se preocupa com a segurança da população e que o crime organizado é combatido com rigor.
Em entrevista nesta terça-feira, no final do dia, Renato Casagrande afirmou também que esta era uma tentativa de intimidação de um grupo criminoso pelo bom trabalho que a polícia está desenvolvendo.
Ressaltou que a equipe policial foi recebida a tiros durante uma abordagem e revidou, e que durante o confronto, um membro criminoso importante foi alvejado.
“Isso causou a reação desse grupo criminoso. Estamos bem preparados, trabalhando com a Inteligência. Isso nunca intimidou e nem intimidará a polícia. Vamos controlar a situação que estamos vivendo nesse momento”, frisou.
A nota da Sesp informa que ontem 10 indivíduos já haviam sido detidos pela PMES em flagrante, e que as forças policiais trabalham em conjunto há mais de 24 h para identificar e prender os criminosos envolvidos nessa situação.
A informação do secretário de Segurança Pública, coronel Márcio Celante, é de que quatro suspeitos já estavam sendo monitorados e foram abordados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Viana.
Os homens foram levados à Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Vitória.
SAIBA MAIS
Até a noite de terça-feira (11), sete ônibus haviam sido queimados ou depredados na Grande Vitória. Os ataques começaram nos bairros Consolação e Santo Antônio e teriam sido provocados por uma facção criminosa.
A organização Primeiro Comando de Vitória (PCV) reivindicou a autoria dos ataques, que teriam sido provocados pela morte de Jonathan Cândido Cardoso, de 26 anos, em confronto com a polícia.
O homem é identificado como segurança de um dos traficantes mais perigosos do Estado, Fernando Ferreira Pimenta, o Marujo, que está foragido.
A partir do início das ações a polícia já tinha prendido as dez pessoas e apreendido um adolescente após tentarem incendiar um ônibus.
Informações da Polícia Militar é de que eles estavam com galões de gasolina e isqueiros quando foram abordados. Cinco dos suspeitos presos estavam na Avenida Beira-Mar e admitiram que o combustível seria usado para incendiar mais coletivos na região.
Por causa do caos que se instalou na Grande Vitória algumas faculdades, escolas e a Universidade Federal do Espírito Santo suspenderam as aulas do período noturno.